Enfim, concluimos mais uma etapa de nosso constante aprendizado da vida. Desta feita foi a graça de alcançarmos a graduação de bacharel em teologia. Foram muitas lutas como seminaristas internos durante quatro anos, mas Deus nos deu vitória em todas. E a última, foi alcançarmos a vitória final desta etapa. Queremos celebrar e festejar este triunfo com todos os leitores deste blog!
"O tempo é conubial e é aderido às pontes por onde a humanidade reincidente passa". (Jorge de Lima, Invenção de Orfeu, Canto Sexto, IV)
17 dezembro, 2007
QUATRO ANOS DE VITÓRIA!
Enfim, concluimos mais uma etapa de nosso constante aprendizado da vida. Desta feita foi a graça de alcançarmos a graduação de bacharel em teologia. Foram muitas lutas como seminaristas internos durante quatro anos, mas Deus nos deu vitória em todas. E a última, foi alcançarmos a vitória final desta etapa. Queremos celebrar e festejar este triunfo com todos os leitores deste blog!
29 outubro, 2007
Partidarismos Teológicos e Institucionais

Mas chega de papo, e vamos logo ao assunto proposto para este post:
Seguindo a série de pensamentos do teólogo H. Richard Niebuhr gostaria de tratar aqui sobre os partidarismos teológicos e institucionais que hoje cada vez mais estão se destacando em nossa realidade cristã.
Não quero aqui citar nomes, mas apenas refletir sobre o que está acontecendo atualmente no meio teológico e institucional. Por exemplo, já vi e ouvi várias pessoas falarem sobre uma teologia X que tais teólogos e conferencistas Y estão defendendo. Mas que está causando um estardalhaço entre polêmicas se esta tal teologia está de acordo ou não com os padrões bíblicos.
Enquanto isso, a platéia desses teólogos e conferencistas está a cada dia tornando-se mais concorrida. E o pior – os demais conferencistas estão incomodados com uma sensível perda de clientela, digo, de ouvintes em suas palestras, sermões e etc.
Conseqüentemente vemos umas pessoas se dizendo simpatizantes dessa ou daquela linha teológica; por isto preferem freqüentar a igreja do pastor e Teólogo Y porque é melhor do que a igreja do Z.
No entanto, como efeito dominó vemos algumas instituições denominacionais por trás destes tais teólogos tidas como igrejas, adotarem uma espécie de concorrência para não perder seus fiéis. E adotam novas fórmulas em sua visão teológica e em seu conteúdo doutrinário.
Pareceria até interessante uma reforma teológica e doutrinária se o propósito último não fosse além de segurar seus fiéis, multiplicá-los e faturar ainda mais. Porém com um detalhe: canalizados totalmente para a tal instituição com o nome de igreja.
O contrário disso não seria interessante; pois apenas fará render ($) mais fiéis para a outra instituição. Por isto a ordem é incrementar em nome da competitividade teológica e institucional, mesmo que em detrimento a valores e princípios bíblicos. Ou seja: é melhor seguir "a onda do momento" do que perder "fiéis".
Percebeu o contra-senso?
Esta, lamentavelmente é uma das faces da cruel realidade “cristã” na qual estamos inseridos.
Mas será se isto é o genuíno Evangelho de Cristo? Não vivemos em mundo cada vez mais moderno? Será se Cristo mudou?
As respostas concretas a estas perguntas estão a partir da Bíblia. O problema é que não queremos mais segui-la e nem tão pouco vivenciá-la como um axioma de nossas vidas.
A teologia fabricada a base da arrogância humana de alguns teólogos pós-modernos vale mais que a teologia interpretada e vivenciada a luz de Cristo pelo Apóstolo Paulo por exemplo. Pois a teologia dele além de ultrapassada, não satisfaz os anseios do homem moderno; que cada vez mais procura um tipo de “Deus” que se encaixe com os seus ideais de sucesso, não de sofrimentos e humilhação como a de um Paulo da vida, que morreu quase abandonado por alguns.
Este é um sombrio retrato da caricatura de um tipo de evangelho que não corresponde absolutamente em nada ao de Cristo.
Senão, veja só nas palavras, eu diria inspiradas de H. Richard Niebuhr:
"A condenação do Evangelho das divisões humanas é um de seus elementos mais característicos e atraentes. O espírito de Jesus revoltou-se contra a distinção de classes entre os judeus, resultando numa minoria justa e na maioria ímpia. Ele falou aos pobres rejeitados das promessas do Reino; viu num samaritano que conhecia o significado da solidariedade humana o típico filho de Deus; ignorando o nacionalismo de judeus e romanos, Jesus encontrou mais fé no coração do centurião do que no povo escolhido e buscou a glória nacional no papel de um servo sofredor. O ideal implícito no ensino de Jesus tornou-se explícito em Paulo. Este Apóstolo não somente recusou reconhecer as diferenças religiosas entre partidos de Pedro, Apolo, Paulo e Cristo, mas - o que é mais importante - mostrou aos seus convertidos que em Cristo não pode haver nem judeus nem gregos, nem homem nem mulher, nem escravo nem livre, e que em Deus "não há acepção de pessoas". Reconhecendo a diversidade de dons, Paulo resistiu a permanente tendência para ver nas diferenças o pretexto para divisão e desenvolveu a explêndida teoria da unidade orgânica que permanece para sempre em constituição ideal da sociedade cristã. Em Tiago o espírito de igualdade em Cristo coloca-nos de novo frente à vigorosa condenação daqueles que continuam a observar no culto do Senhor as distinções entre ricos e pobres que o mundo aprecia. O grande intérprete efésio do Evangelho reconheceu em Cristo não somente o logos divino que ordena o mundo, mas também o Filho, que é ao mesmo tempo filho e irmão, e cujo profundo desejo é "que todos sejam um". O sentido fundamental de seu ensino é somente interpretável em termos de amor sacrificial." ( Niebuhr, Richard, H., 1992, p.14)
Estas palavras de Niebuhr corroboram para o axioma da teologia integral defendida por este blog. Que é embasada na missão integral da Igreja de Cristo na perspectiva de Seu Evangelho.
Concomitantemente isto parece uma utopia vista pelo prisma do evangelho baseado em partidarismos teológicos e institucionais.
Mas lembre-se: só parece, mas pode ser perfeitamente real a partir de nossas vidas se assim o quisermos.
07 outubro, 2007
Palavras não Amam
Partindo do princípio de que as palavras são códigos, signos ou mesmo sons decodificados de uma mente, podemos afirmar categoricamente que elas obviamente não amam por si mesmo. Mas quando instrumentalizadas pela Graça de Deus através de Jesus, vivificam o discurso ou atitude de uma pessoa.
Quando elas não expressam e nem transmitem vida, embora aparentando vívidas, não passam de uma mera manifestação hipócrita do ser do não-ser.
Por isso creio que as palavras costumam trair a nós homens pecadores, muitas vezes cheios de orgulho espiritual pintado de "verdadeira espiritualidade".
Esta ambigüidade humana, revela a face da hipocrisia que muitas vezes não queremos admitir que a temos.
01 outubro, 2007
As Ambições pelo Poder Político-Religioso

Obviamente que estou falando de uma institucionalização humana, que busca se adequar a padrões individualistas e interesseiros; que expõem o Evangelho de Cristo meramente de fachada.
Pois o interesse por trás disso tudo não é nada mais que uma adequação mercadológica da fé cristã. Ou seja: O mercado financeiro globalizado pressiona gradativamente todas as instituições humanas pelo mundo a fora, cuja essência de seu arcabouço é o capital financeiro.
Por conseguinte, o foco essencial do Evangelho de Cristo passa-se a margem disso tudo, que marginalizado provoca uma verdadeira concorrência "institucional cristã", na qual os líderes e pastores destas instituições tomam uma conotação de diretores-executivos ou gestores e empreendedores. Em detrimento ao verdadeiro conceito de pastor ou liderança cristã à luz da Bíblia.
A Igreja Institucionalizada pelo homem do século XXI está cada vez mais banalizada, secularizada e com cara de "business". Conseguintemente, cada vez mais distante do sentido original da ecclesia de Cristo, onde o povo de Deus é representado no pleno exercício de todas as suas atividades comunitárias, e não apenas em suas organizadas observações religiosas em algum edifício sagrado.
Atualmente a hipocrisia é deslavada e sem escrúpulos no trato do verdadeiro Evangelho de Cristo entre estas tais instituições humanas, chamadas de igreja.
Portanto para não ficar apenas nesses termos, continuando a série de pensamentos do teólogo americano H. Richard Niebuhr, veja só o que ele escreveu sobre o assunto:
"O denominacionalismo é, na Igreja cristã, essa hipocrisia inconfessada. Aceitam levianamente concluios entre o cristianismo e o mundo. Tais concessões são consideradas conquistas cristãs e glorificamos os mártires aí surgidos como portadores da cruz. Representa a acomodação do cristianismo ao sistema de castas da sociedade humana. Introduz na institucionalização do princípio cristão da fraternidade, a soberba e os preconceitos, o privilégio e o prestígio, bem como a humilhação e degradação, as injustiças e as desigualdades, próprias da ordem enganosa de superiores e inferiores na qual pessoas satisfazem seus anseios de vanglória. A divisão das igrejas segue de perto a divisão social em castas de grupos nacionais, raciais e econômicos. Traz a barreira racial para dentro da Igreja de Deus, promove desentendimento, a autoglorificação e o ódio próprio do nacionalista chauvinista, ao alimentar no corpo de Cristo diferenças espúrias oriundas de lealdades provincianas. Faz ricos e pobres sentarem-se separados à mesa do Senhor, onde os afortunados desfrutam de abundância que granjearam enquanto os outros se alimentam das migalhas da sua pobreza." (H. Richard Niebuhr, 1992, p.13)
24 setembro, 2007
O Capitalismo Selvagem Domesticado na “Igreja Cristã”

Como já me referi em outros posts, quero destacar a existência de uma Igreja cristã verdadeiramente remanescente, comprometida com o verdadeiro Evangelho de Cristo. Contudo, esta Igreja não aparece na grande mídia e nem muito menos está na moda. Esta Igreja não busca ostentar um Cristo, mas vive-lo e expressá-lo através de atitudes simples, mas efetivas que na maioria dos casos só será reconhecida pelo próprio Jesus pessoalmente diante do Seu tribunal.
A propósito, nesse sentido muitas expectativas humanas serão frustradas.
Já imaginou aquela pessoa que a luz de preconceitos institucionais, denominacionais e, sobretudo sociais, baseado na sua posição financeira, um tipo "coitadinho" ou como se diz no "evangeliquês" – um irmãozinho (a); for reconhecido por Jesus?!
Já aqueles tão exclusivistas e ávidos pelo poder através do monopólio da fé que alavanca seus negócios eclesiásticos cada vez mais rentáveis e promissores no campo social em nome de Jesus; e que a luz humana são os ícones da igreja do sucesso e aclamados por multidões, serão ignorados do céu. Expulsos pelo próprio Cristo tão ostentado, mas pouco ou nenhum pouco vivido por estes pretensos cristãos.
É... Acho por enquanto que estas curtas, mas sinceras palavras revelam um pouco do meu pensamento relacionado ao assunto.
Vamos agora ao cerne do tema proposto para esse post:
Não obstante, a atual conjuntura econômica mundial promovida em grande parte pela globalização, podemos observar culturas antes fechadas como a da China e Japão, por exemplo; estão abrindo suas fronteiras para a cultura ocidental, antes tão incongruente a oriental.
Tudo em nome de um comércio mundial. Em outras palavras – puro interesse financeiro. O que tecnicamente o economista Karl Marx (século XIX) chamou de capitalismo. Ou seja: um sistema sócio-econômico em âmbito mundial.
Vem o capitalismo selvagem. E por que selvagem?
(Não quero aqui focar o aspecto técnico do termo em si, mas sua conotação social-religiosa.)
O capital financeiro hoje na moral moderna e globalizada vale mais que o ser. Isto é: o homem passa a representar um valor social-religioso pelo que tem, não pelo que é.
Aferir valores hoje, portanto, tem um cunho iminentemente capitalista. Mesmo que em detrimento a moral de uma cultura, seja ela qual for. Mesmo a despeito de fundamentalismos religiosos, antes inegociáveis em certas culturas unilateralistas e monoteístas, que por priorizarem o capital estão abrindo mão de seus referenciais. Isto é conseqüência desta era pós-moderna onde o capital prevalece em detrimento ao social.
Daí o capitalismo selvagem, que não respeita nada que vá contra aos interesses econômicos.
Lamentavelmente ao longo da história e no atual momento como conseqüência, guardando as devidas proporções, isto se reflete em meio a Igreja cristã no Brasil e no mundo. Onde em vez desta "Igreja" não se conformar com este sistema contrário aos ensinamentos do Evangelho de Cristo, inverte os valores, e o torna cada mais digerível e aceitável. Por isso que surpreendentemente o que parecia tão selvagem, hoje passa a ser domesticável e comum as atitudes de um "cristão".
Existe às vezes muito interesse em torno da Bíblia, não para segui-la com singeleza de coração. Mas para se buscar cada vez mais argumentos que justifiquem tal postura sob um pretexto de contextualização com um mundo pós-moderno.
Outro dia ouvi uma dessas "pérolas" pós-modernas do tipo: " Se Jesus viesse ao mundo hoje, não entraria em Jerusalém de jumento, mas de limusine ou num carro presidencial".
Ora, nada mais capitalista do que esse tipo de pensamento que "torna" Jesus cada vez mais um Cristo pós-moderno.
Lamentável e triste!
Vou parar por aqui... e deixar um pouco como prometido do pensamento do teólogo Richard Niebuhr em torno do assunto:
"Esta tendência para a concessão, que caracteriza toda história da Igreja, não é mais difícil de entender do que a semelhante e inevitável inclinação pela qual cada cristão adapta individualmente as exigências do Evangelho às necessidades da existência tanto no corpo quanto na sociedade civilizada. Tem-se afirmado com freqüência que nenhum ideal pode ser materializado sem perder parte de seu caráter ideal. Quando a liberdade passa a fazer parte de constituições, já se compromete. Quando a fraternidade elege dirigentes, abre mão de algumas qualidades ideais da irmandade em favor das necessidades de governo. O Evangelho de Cristo submete-se, particularmente, a esse tipo de sacrifício no interesse da institucionalização." (H, Richard Niebuhr, 1992, p.11)
Continuarei falando mais sobre isto no próximo post...
Charge extraída de: www.midiaindependente.org
16 setembro, 2007
O Fracasso Ético da Igreja Dividida

Esse é um tema que muito me chama a atenção.
Na verdade o mesmo é de autoria do teólogo americano H. Richard Niebuhr.
Quero transcrever alguns de seus pensamentos relacionados ao assunto.
Antes, porém, gostaria de apresentar alguns fatores atuais que me motivam a pensar com mais especificidade sobre o tema de Richard:
1 – A Igreja aberta ao capitalismo
2 – Ambições pelo poder político-religioso
4 – Partidarismos teológicos e institucionais
3 – Guerras de ideologias
4 – Marginalização da liderança pastoral (comprometida com a ortodoxia bíblica)
5 – Perca de foco no Verdadeiro Evangelho da mensagem da cruz de Cristo
Inicialmente citarei somente esses cinco fatores, que são por si mesmo por demais pérfidos e danosos a fé cristã.
Embasado neles agora sim, transcreverei alguns trechos de pensamentos de Richard escrito em seu livro (As origens Sociais das Denominações Cristãs), dos quais também comungo:
"O Cristianismo tem freqüentemente obtido aparente sucesso ao ignorar os preceitos de seu fundador. Como instituição interessada em autopreservar-se e em ganhar poder, a Igreja tem às vezes achado a mensagem da cruz tão imprópria quanto a têm achado grupos nacionais e econômicos. Ao defrontar-se com grandes problemas sociais como a guerra, a escravidão e as desigualdades sociais, ela descobriu convenientes ambigüidades na letra dos evangelhos que lhe permitiram violar seu espírito e aliar-se ao prestígio e ao poder que tais males obtiveram ao se institucionalizarem. Adaptando-se às condições de uma civilização que seu fundador determinara que fosse permeada pelo amor divino, ela achou mais fácil dar a César o que é de César se a constatação do que podia pertencer a Deus não fosse tão intensamente exigida." (H. Richard Niebuhr, 1992, p. 11)
Esta é a lamentável configuração atual da "Igreja" já chamada por pós-moderna. Reflita sobre este assunto e veja se a sua igreja também não está configurada nesses parâmetros.
No próximo post continuo sobre o assunto...
Charge extraída de: www.adur-rj.org.br/.../etica_corrupcao.htm
26 agosto, 2007
Evangelho Socialista na Busca da Reecarnação

Obviamente que isto no sentido sociopolítico é discrepante. São extremos completamente danosos entre sí. De um lado uma sociedade burguesa que se beneficia em cima da pobreza e miséria de um povo. Do outro lado uma sociedade pobre sem perspectiva de vida, que é dominada e na maioria das vezes manipulada, refém de uma situação que não os dá direito a benefício algum.
O problema é quando se invertem os valores.
Quando se busca levar o evangelho social em troca de méritos ou mesmo buscar expandir o evangelho social como que a cumprir apenas uma obrigação no sentido taxativo da palavra; só porque Jesus mandou ir e pregar o evangelho - é apenas uma tentativa reencarnacionista de com isso "lucrar" espiritualmente no futuro.
Quero deixar claro que sou muito a favor de projetos sociais realizados através de ONG`s espalhadas por todo o país.
O que não posso concordar é na confusão interpretativa que alguns estão fazendo do evangelho de Cristo. Como se ao pregar o evangelho só valesse se o mesmo tiver um cunho socialista. Ou seja: vamos fazer o bem o máximo possível para que todos tenham igualdade social.
Ora, a teologia da libertação tentou e ainda hoje tenta fazer isso, mas até o próprio Papa quando veio ao Brasil disse: "a teologia da libertação foi um erro para a América Latina". O grande erro ao meu ver é buscar o social pelo social apenas.
O valor prioritário no contexto do Evangelho de Cristo é o amor genuinamente cristão.
Quando se ama de fato com o amor cristão, não se busca justiça social com ferramentas humanistas. Mas se busca pregar e expandir um Evangelho centrado em Cristo; as obras sociais serão consequência deste amor desenvolvido no homem. O inverso disso será meramente uma busca meritória humana através de um evangelicalismo social que no fim é evangelho por que é socialista, não "socialista" porque é evangelho.
Traduzindo: A autenticidade do evangelho de Cristo lamentavelmente passa pelo crivo do "evangelho social", se não, não é evangelho.
É por isso que digo:
"Sei não! Esse negócio tá mais parecido com um tipo de doutrina da reencarnação, do que prática do autêntico evangelho de Cristo".
13 agosto, 2007
ESCONDIDO NA CAVERNA

Depois de alguns dias em silêncio resolvi abrir meu coração:
Desde o mês de junho não tenho postado praticamente nada por aqui. O motivo ou a razão desse sumisso deve-se além do corre-corre de fim de curso (incluindo TCC, formatura, ensaios monográficos, etc.), a um só fator - "sentimento de caos espiritual na Igreja brasileira".
Passei exatos 66 dias em silêncio aqui no blog. E olha que o último post foi postado on-line em um fórum de ciência bíblicas direto do Museu da Bíblia em São Paulo. Até aquele momento tinha motivos para continuar postando. E o principal deles são alguns dos leitores assíduos desse blog. A propósito, quero pedir a todos que sempre estão aqui lendo as postagens, notícias, artigos, enfim, que me perdoem pela ausência.
Entretanto, quando falo que a razão principal da minha ausência é devido ao "sentimento de caos espiritual na igreja", sinceramente me incluo neste bojo. Sim, por que não?
Não sou nenhum super-homem e nem muito menos o dono da verdade!
Trocando em miúdos, o fato é que nesses últimos dias ao deparar-me com alguns percalços relacionados a estrutura teológica, eclesiológica e sobretudo a partir dos pilares espirituais do "cristianismo moderno"e que já é atualmente chamado de pós-cristianismo, tendente a uma secularização cada vez mais acintosa; fez-me pelo menos por uns dias, esconder-me na "caverna". Até me senti um "Elias". Lembra dele?
Depois de vencer os 450 profetas de baal, achou por um instante que estava sozinho na batalha contra o mal. Entrou em crise e caminhando pelo deserto resolveu se esconder na caverna. Foi aí que Deus mandou dizer que ele não estava sozinho, pois haviam 7.000 que não tinham se dobrado a baal. (I Reis 18.20-40/20.14-18)
Pois é. Assim como Elias, pelo menos no que se refere a se sentir só nessa batalha, confesso que quase, por uma atitude de pura resignação, resolvi se isolar na "minha caverna".
Mas qual foi a minha surpresa, nos últimos dez dias e mais precisamente no último sábado (11/08/2007), tive uma experiência singular que motivou-me hoje a voltar a postar neste blog:
Estive em uma Igreja muito simples. Porém estupenda em unidade fraterna e espiritual entre os presentes naquela noite. Foi algo inesquecível! Senti como a muito tempo não sentia um verdadeiro aconchego de Deus expressado desde a teologia, liturgia e eclesiologia. Formando um conjunto harmonioso, que de forma simples, mas pura e sincera transmitiu os oráculos de Deus através de Jesus aos seus eleitos reunidos naquele dia, naquela Igreja (simples), mas rica em conteúdo efetivo do Reino de Deus.
Ahh! descobri naquele dia que não estou só. Deus comunicava ao meu coração naquele instante que dezenas, centenas e milhares espalhados pelo Brasil, ainda não se dobraram a este evangelicalismo chamado de "pós-cristianismo", ou "cristianismo moderno"; como queira chamar. Por isso agora posso falar de alto e bom som: Aleluia! Eu não estou só! Já saí da caverna!
08 junho, 2007
III Fórum de Ciências Bíblicas 3
III Fórum de Ciências Bíblicas 2
Posteriormente iremos postar algumas fotos do evento aqui no Blog.
III Fórum de Ciências Bíblicas
Agora está sendo tratado o grande desafio da Igreja na tarefa evangelizadora no mundo através das traduções bíblicas para diversos idiomas ainda não alcançados.
05 junho, 2007
HEDONISMO: "O VÍRUS MORTAL QUE ATACA A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE CRISTÃ"
Mas inicialmente para ficar mais claro, desejo abordar com base em dados de estudos sociológicos da religião, alguns fatores preponderantes relacionados ao que vem a ser chamado tecnicamente de pós-secularismo no contexto cristão em que vivemos no atual momento.
No entanto, como o assunto é um tanto denso e sumamente sério no que diz respeito a realidade evangelical atualmente, desejo dividi-lo em partes para que possamos digeri-lo aos poucos, tornando-o relevante para um melhor aprofundamento e compreensão do mesmo.

E para começar bem, embora já tenha postado aqui no blog algum tempo atrás, gostaria de deixar como entrada um sermão de Charles Spurgeon que certamente servirá como texto base de nossos embates daqui para frente no contexto desse assunto.
Antes que alguém me acuse de pietista (não confunda com petista), quero ressaltar em síntese, que o pietismo foi acima de tudo um movimento que lutou pela afirmação da superioridade da fé sobre a razão a partir do XVII. Contudo, busco resgatar uma fé; uma fé não cega para a realidade, mas centrada num entedimento (o Apóstolo Paulo tratou como fé com entedimento) direcionado por Deus por meio de Sua palavra revelada a nós, suas criaturas.
Portanto, leia e reflita esse sermão de Spurgeon. Pode parecer careta e ultrapassado para o mundo pós-secular ou pós-moderno, mas fará muito sentido depois que tratarmos este assunto com mais detalhes e nuanças dentro do contexto cristão ou evangélico do momento. No final da leitura tente refletir na perspectiva de Deus, não na sua. E talvez entenderá um pouco mais desta realidade:
Autor: Charles Spurgeon
DE VOLTA!!
Mas na medida do possível estaremos usando a plataforma deste blog para difundir uma teologia essencialmente bíblica, como sempre temos tentado expor, sendo imparcial e buscando a inspiração nEle, o nosso Soberano e Gracioso Deus por meio de Cristo que é o autor e consumador de nossa fé!
30 abril, 2007
Uma Espiritualidade Dualista

Mas é exatamente esta balbúrdia teológica (?) que está sorrateiramente permeando a visão de muitos cristãos (?) chamados modernos e outros até pós-modernos.
Hoje o que vemos é uma enxurrada de novos conceitos, terminologias e filosofias de vida no meio dito cristão. Quero ressaltar por enquanto apenas uma: o humanismo disfarçado de cristianismo.
Mas o que é isso?
Sob uma alegativa de que Cristo quando esteve aqui na terra foi um tipo revolucionário (e de fato o foi, mas numa perspectiva diferente), traduzindo para os nossos dias seria como um homem averso as autoridades, religião e voltado a uma vida casualista sem compromisso formal com costumes ou forma de ser diante das pessoas. Em suma, um tipo "chefe de guerilha sem ser mercenário" lutando por ideais desde a justiça social a mudança de valores em uma determinada sociedade.
Mas cá entre nós: Isso por mais medieval que pareça, está mais para um tipo da geração pós-moderna ou não está?
Convenhamos que sim. Analisando o fato de que existe hoje inegavelmente uma forte tendência humanista no seio da igreja cristã no Brasil e em algumas partes do mundo como à partir dos EUA principalmente, percebemos um paralelo dualista que sutilmente está tomando conta de "cabeças pensantes" no meio cristão atual.
Vem então uma pergunta: Mas como discernir isto?
Uma espiritualidade plena requer compromisso pleno com o verdadeiro e puro evangelho deixado por Cristo e seus Apóstolos. Fora disso é impossível distinguir ou discernir uma espiritualidade dualista que toma conta aos poucos desta sociedade chamada pós-moderna voltada ao mundo globalizado.
Vem outra pergunta: Mas o que é necessariamente uma espiritualidade dualista?
De forma simples sem ser simplista podemos dizer que uma espiritualidade dualista é:
1 - Quando em alguns momentos deixamos Jesus como uma espécie de coadjuvante. Ou seja: Nos momentos que quero usufruir dos "prazeres e deleites" da vida o deixo a "tira-colo", pois meu alvo naquele momento é curtir a vida a meu modo. Ele pode depois me perdoar ou mesmo endossar o que faço, afinal de contas Ele também foi humano como eu e sabe como ninguém o quanto sou falho. É como se dissesse:
- Dá licença senhor?! Eu quero viver a minha vida. Depois a gente se acerta! Eu sei que tu me perdoas mesmo!? Algum dia você já falou ou ouviu alguém do seu lado dizer mais ou menos assim: - Deus que me perdôe, mas aquela pessoa é assim, assim e assim ?
Pois é exatamente este um tipo de espiritualidade(?) antropocêntrica, que paradoxalmente é centralizada; mas não em Jesus, e sim no próprio homem corrompido pelo pecado. Esse tipo é que nos faz muitas vezes não sabermos discernir onde está Jesus: No centro ou do lado?
2 - Quando em alguns momentos queremos Jesus como o protagonista. Ou seja: Nos momentos de dor onde não tem nenhuma saída lógica para a amarga circunstância, ou quando nos sentimos acuados diante dos incontáveis problemas que nos vem como intempéries da vida, ou mesmo naqueles cultos dominicais que levantamos nossas mãos como hipócritas à satisfazer a nossa consciência religiosa. É como se dissesse:
- Jesus, agora assuma o contrôle! Daí pra frente não dou mais conta de viver a minha vida. Sabe como é né?! agora me perdôa e faz a tua graça superabundar nos meus pecados e estamos kits! Como disse no início, não consigo entender esse tipo de espiritualidade. Não dá para viver uma vida dicotomista onde ao mesmo tempo sou e não sou. É completamente incoerente com o que o próprio Jesus falou: "Ninguém pode servir a dois senhores"... (Mt 6.24)
Portanto, não estou falando nem tão pouco propondo outra espiritualidade. Contudo, estou buscando uma espiritualidade centrada em princípios simples, estabelecidos à partir da Bíblia Sagrada, e fundamentalmente à partir da palavra da cruz de Cristo, que sem sofismas entranhados em filosofismos baratos disfarçados como novo tipo de espiritualidade; não se comparam a palavras como estas de Paulo valendo-se das palavras proféticas de Isaías (referindo-se a mensagem da cruz) aos irmãos em Corinto quando disse:
" Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos". ( Cor. 1.19b)
25 abril, 2007
Igreja x Capitalismo: Contradição ou Perversão?

De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, "pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;" por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.
19 abril, 2007
O Encurralamento do Homem!

14 abril, 2007
Quando Deus te Desenhou Ele Estava Namorando? III

A primeira é que o compositor Armandinho nada tem haver com com as elucubrações de alguém por conta de sua composição.
A segunda é que sua música foi composta sob influência romancista direcionada a uma relação humana e não transcendente.
É claro que o fato dele mencionar Deus como um desenhista não quer dizer necessariamente que está fazendo referência ao ato singular da criação do homem. A tônica da música parece remeter a um aspecto poemático que através de figuras de linguagens metafóricas, ilustra o sentimento de uma paixão e admiração pela figura do objeto do amor projetada numa pessoa.
Deus na música de Armandinho não passa de um coadjuvante do roteiro de uma peça musical onde o protagonista é a pessoa amada, objeto do amor e admiração por seu venerante, intepretado com fins românticos de um relacionamento a dois.
Entretanto, o tal "pastor" fez questão de ressaltar que é verdade. Deus estava namorando com Ele mesmo quando criou o homem! Pois Ele é amor.
Realmente de certo modo faz sentido. Deus é amor!
O problema aqui é interpretar esta letra sob um foco que não foi proposta para tanto. E o pior:
tentar explicar um amor, que diga-se de passagem, a partir do prisma humano, pecador e portanto totalmente limitado.
Por mais que este "pastor" tentasse extrair algum atropomorfismo desta letra, não funcionaria. Como uma criatura imporia algo na contra-mão de seu criador? É absurdamente ilógico e no mínimo uma arrogante tentativa de ser Deus.
O verdadeiro amor jamais poderá ser dissecado por um homem comum. Pois no dia que isso acontecer Deus deixará de ser Deus. Não obstante, ao fato dEle ser o próprio Amor e o Amor real ser Ele, só existiu e só existe um homem capaz de dissecar este amor - Jesus. Fora disso são apenas meras palavras tolas e vãs.
Interessante foi que no início como parte introdutória de seu sermão, este tal "pastor"conclamou a audiência presente a cantar esta música e que esquecesse o coração religioso que é como um "enfarto", segundo ele, para o espírito; e abrisse a alma. Ele esqueceu que originalmente Deus plantou no homem a capacidade de relacionar-se com Ele. Após a queda pelo pecado aquela ligação direta foi cortada; restou apenas a "tomada". Esta "tomada" hoje é a característica natural do homem de querer ou de ter o fascínio pelo divino. Ela eu chamo de religiosidade humana. A mesma está plantada no coração do homem e a ligação direta (perdida na queda de Adão) foi recuperada em Cristo Jesus (o segundo Adão). Portanto este papo de esquecer o coração religioso, parece para mim uma espécie de tentativa de emancipação espiritual, vivendo a uma revelia do que Deus estabeleceu. Esse é lamentavelmente o retrato da apostasia (abandono da fé cristã) dos últimos tempos!O Amor não se explica. O amor se pratica.
Quando Deus te Desenhou Ele Estava Namorando? II

Por questões éticas prefiro omitir mais detalhes pessoais sobre ele. Mas para você que está mais antenado com os bastidores evangelicais, já deve está "matando a charada".
Como prometi no outro post, quero me ater sob o foco teológico do aspecto temático deste sermão. Mas antes gostaria que você primeiro meditasse na letra da música do compositor e cantor Armandinho que "inspirou" o tal "pastor" a pregar o "ungido" sermão(?) sob o referido tema.
Deguste:
Desenho de Deus
Armandinho
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Papai do céu na hora de fazer você
Ele deve ter caprichado pra valer
Botou muita pureza no seu coração
e a sua humildade fez chamar minha atenção
tirou a sua voz do própolis do mel
e o teu sorriso lindo de algum lugar do céu
e o resto deve ser beleza exterior
mas o que tem por dentro para mim tem mais valor
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Papai do céu na hora de fazer você
Ele deve ter caprichado pra valer
Botou muita pureza no seu coração
e a sua humildade fez chamar minha atenção
Da estrela mais bonita o brilho desse olhar
Diamante verdadeiro sua palavra foi buscar
e o resto deve ser beleza exterior
mas o que tem por dentro para mim tem mais valor
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
Que profundidade teológica nesta letra! Estou estupefato!
Daqui a pouco tem mais...
aguardem...
10 abril, 2007
Quando Deus te Desenhou Ele estava namorando?

Pois é.
Antes de mais nada, quero deixar bem claro que não estou aqui para falar mal de ninguém, nem muito menos de pastores. Pois existem ainda muitos obreiros fiéis ao chamado que Deus lhes deu.
Mas quero denunciar o caráter apóstata de alguns que lamentavelmente perderam o seu "cajado" dado por Deus, e agora tentam pregar sermões filosóficos, pois não conseguem salgar sua mensagem com a essência da unção Divina.
Confesso que ao ouvir esse sermão com este "criativo"tema me esforcei para sentir algo penetrante, perscrutante e empolgante que penetrasse no meu espírito a ponto de me levar no mínimo a uma reflexão. Porém, no final me senti mais vazio, tedioso e frustrado por ter me sentido em meio a uma riqueza vocabular de palavras e ao mesmo tempo numa pobreza de harmonia linguística com o Sagrado, com o Senhor Jesus; num contraditório arcabouço de palavras desconexas do Espírito de Deus.
Parecia ter ouvindo um bronze que acabara de retinir.
Cheguei a sentir dó, em ouvir aquele homem que um dia foi tão usado por Deus, e hoje encontra-se num estado lamentável de no mínimo um equívoco ministerial.
No próximo post comentarei mais o aspecto temático e teológico desse pretenso sermão.
06 abril, 2007
O Método e a Igreja

Um dos fatos mais preocupantes e que está em crescente desenvolvimento é o uso do método em detrimento à ação pura do Evangelho.
Considero este fato um dos mais sutis e ardis planos malignos para confundir a essência do evangelho de Cristo, que é o poder e a glória que há no sacrificio e ressureição dEle.
Quando me reporto a isto, é no sentido de que os valores inegociáveis da pureza do Evangelho estão em cheque por meio de uma nova corrente de métodos chamados pós-modernos; que como uma avalanche de pressões extra-Bíblia estão vindo transvestidos de um novo modo de ser cristão. Num mundo avançado que precisa ser contextualizado através de uma cosmovisão holistica que integrará os povos e as culturas em torno da mensagem do evangelho.
Parece bonito não é mesmo?
Mas o pano de fundo disso tudo é uma visão cada vez mais próxima do anticristo.
É bem verdade que a mensagem das Boas Novas de Cristo está sendo divulgada e será mais ainda em toda a terra. Entretanto, no meio da Igreja está circulando uma linha tênue entre o método e a Bíblia. Pessoas valorizando métodos e esquecendo dos fundamentos, principios, valores e tradições bíblicas.
Em muitos redutos cristãos (?) o método está sobressaindo a Bíblia. Um exemplo disto, são alguns pastores implantando templos-clubes. Ou seja: Os templos são ao mesmo tempo lugar de cultos e ao redor dele, piscinas, quadras de esportes, teatro, academia de musculação e pasmem - até boate gospel, sob a alegação que isto é "missão integral". No aspecto social, segundo estes tais expoentes desta nova tendência, é a busca da reorganização das massas.
Uma confusão de valores humanistas e hedonistas é confundida com a verdadeira essência da Doutrina Bíblica Cristã.
Deus não necessita de métodos humanos para atrair pessoas às igrejas. O que Ele necessita é de verdadeiros obreiros adoradores, que estejam dispostos a pagar o preço da pureza do Evangelho de Cristo. Que preguem a palavra a tempo e fora de tempo, pois quem enche a Sua Igreja não são métodos humanos, mas a Glória de Deus que atrai os seus eleitos pela Sua Graça e Misericórdia.
Lamentavelmente percebo pastores que antes tinham uma fé pura e centrada na Bíblia; e hoje estão descambando, levados pela pressão da onda humanista de teólogos, defendendo uma posição contraditória aos pilares da Igreja Apostólica de Cristo Jesus.
30 março, 2007
Os "Cabeções" Insípidos

Uma teologia sem cruz, (quando falo de cruz, me refiro a Grande obra de Rendeção através de Cristo Jesus na cruz do calvário) é derrotista e fadada ao fracasso.
É como uma comida sem sal.
Quando se faz teologia pensando em si mesmo, na sua posição teológica partidária, é como defender teses em forma de axiomas sem a essência da verdade. Em outras palavras; torna-se uma teologia ôca, vazia e caótica.
É ciência por ciência, que é igual a ceticismo.
25 março, 2007
O Perigo de se Sentir 'Dono'

O Resultado disso tudo, é a geração de homens que cada vez mais se sentem 'donos do mundo'.
19 março, 2007
Não quero ser o tipo "politicamente correto"

Tenho estado em refexão nesses últimos dias. Foi até um dos motivos pelos quais me fizeram demorar publicar novos posts aqui. Quero inclusive aproveitar e pedir desculpas a todos os leitores deste blog; mas sabe como é - naquela correria acadêmica, correndo contra o tempo no desenvolvimento do meu TCC, e ainda tendo que conciliar com uma infinidades coisas no ministério, por aí vocês imaginam....
Mas o fato é que tenho refletido a respeito do tipo 'politicamente correto'. E afinal de contas, que tipo é esse? Bom, no meio social moderno, ou como alguns diriam - pós-moderno, hodierno, ou como você queira chamar; percebemos este tipo de... vamos chamá-lo de "fenômeno social": o 'politicamente correto'. No entanto, o termo deriva-se da política, o que na raiz etimológica da palavra é originada do grego politikê, que quer dizer (ciência) dos negócios do Estado ou mesmo administração pública. O que significativamente não tem quase nada a ver com o sentido do 'politicamente correto'; talvez por um óculos semântico enxergaríamos uma outra conotação. Isso provavelmente tenha a ver mais com o sentido da palavra 'politicagem', que na acepção da palavra já ganha uma conotação diferente, quando esta se ralaciona segundo o dicionário Houaiss com a política de interesses pessoais de troca de favores ou de realizações insignificantes.
Em suma, toda essa argumentação resume-se em uma só palavra: hipocrisia.
Esse é na realidade o tipo politicamente correto. Eu diria mais ainda - carrega no mesmo pacote uma boa dose de sinismo.
Deste modo, a pessoa que faz esse tipo tenta agradar a todos, mesmo que seja contra seus princípios adquiridos por sua crença religiosa, cultura ou familia. Tudo por interessar apenas satisfazer seu ego num jogo de interesses pessoais que vão além até mesmo de um princípio bíblico. Esse tipo de pessoa não tem personalidade; é volúvel e discamba por quarquer vento de teorias ou doutrinas.
Por isso por mais que seja mal compreendido algumas vezes aqui no blog, não só aqui, mas em palestras e pregações, prefiro ser autêntico e não me esquivar diante do engano, e proclamar de forma equilibrada e sensata as verdades que Deus estabeleceu a partir da Bíblia Sagrada.
Como diria um grande pensador ao proclamar uma máxima:
"Não conheço a fórmula do sucesso; mas conheço a do fracasso: tentar agradar a todos."
Lembra de Jesus? Pois é.... Esse é o meu grande paradigma.
12 março, 2007
Sacerdócio, não Pastorado Universal

Evidentemente que nesse texto além da salvação quando diz: "...a fim de proclamardes..."; verificamos que todos os que experienciaram a Graça Especial, isto é, todos crentes salvos, são chamados também a dar um feliz testemunho dos atos salvíficos de Deus. Porém, estes atos são consequentes de uma vida de plena comunhão com Jesus via Espírito Santo. Não podemos cair nessa de forçar o texto a falar o que não diz, mesmo no próprio grego, que diga-se de passagem, é evidenciado o sacerdócio na proclamação dessas virtudes (vida espiritual excelente) como sacrifícios espirituais agradáveis a Deus. Isto até nos remete ao texto de Paulo aos Gálatas (5.22), sobre os frutos do Espírito, numa expressão do caráter de Deus através de uma vida verdadeiramente cristã. Mas isto é uma outra história.
O que ocorre hoje em meio a alguns teólogos e pastores (as), é de se apropriarem de um texto sem o seu devido contexto e aplicarem de forma confusa e sem base, em defesa do ministério pastoral feminino e da "democratização" do ministério pastoral, ou seja, segundo estes tais, não faz-se necessário está debaixo de uma ordenação ou submissão a alguma autoridade pastoral, para se autoproclamar pastor e fundar a sua igreja.
É preciso muito cuidado ao analisarmos este texto da 1ª epistola de Pedro.
Antes devemos observar o termo que Pedro se refere: raça eleita. Isto nos remete inexoravelmente ao povo de Israel, que fracassou na sua missão de reconhecer o verdadeiro Salvador da humanidade - Jesus. No entanto, Deus por meio de Jesus Cristo escolheu (elegeu) um povo para ser salvo e governado através do comando real e sacerdotal de seu Filho. Que agora pela Sua Graça e Misericórdia dá uma nova oportunidade para o homem reconhecer pela fé, independentemente da sua linhagem racial, o Senhorio de Jesus em sua vida. Uma vez havendo este reconhecimento, passado o processo do novo nascimento em Jesus, este homem está ápto ao Reino de Deus, fazendo parte da Igreja de Cristo, sendo portanto raça eleita. Ou seja: passa a ser uma extensão de Israel no sentido espiritual("..nação santa..") em Jesus. Estas prerrogativas une o homem através de Cristo na figura vétero testamentária do sacerdote e ao mesmo tempo rei; pois Cristo é Rei e Sumo Sacerdote (Hb 7.20) de sua Igreja ("Israel de Deus"). Perceba que em nenhum momento vendo sob uma perspectiva mais contextual, podemos nos precipitar e pressupormos fatos que a idéia geral do texto não nos revela de forma clara e precisa sobre o ministério pastoral ou eclesiástico, já que o título à luz do NT não interessa, e sim a função.
Portanto, este argumento de que todos (inclusive mulheres) são via sacerdócio universal áptos a exercerem o ministério pastoral, é inconsistente. Sendo deste modo no mínimo forçada, a interpretação a partir deste foco.
Naturalmente que o ministério pastoral, é pela perspectiva do chamado Soberano e específico de Deus sob as bençãos da unção do Espírito Santo através de homens já investidos com esta autoridade aqui na terra. Para entendermos melhor, basta ler as sete cartas escritas por João reveladas por Jesus para as sete Igrejas da Ásia em Apocalipse. É só ler à partir do capítulo 2. Mas por enquanto não cabe aqui comentários.
07 março, 2007
O Machismo dos Apóstolos?

Não quero aqui fazer apologia. Mas o problema reside não propriamente no fator cultural como alguns defendem, mas na visão focal do aspecto teológico em si relacionada a Deus e ao homem (raça humana).
Quem Deus criou primeiro? O homem(adão) ou a mulher(eva)? Quem foi enganado primeiro? O homem ou a mulher? Quem foi escolhido para auxiliar quem?
Parecem preconceitusoas estas perguntas; mas são apenas perguntas retóricas para tentar entender um pouco do por quê que o Apóstolo Paulo mensionou o assunto nesta ordem.
Paulo diz a Timóteo: "Não permito que a mulher ensine ou exerça autoridade de homem; esteja porém em silêncio. Por que, primeiro foi formado Adão, depois, Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão." (I Tm. 2.12-14)
E ainda para a Igreja em Corinto:
"pois o homem não foi feito da mulher, mas a mulher foi feita do homem. O homem não foi criado por causa da mulher, mas sim a mulher por causa do homem." (I Cor. 11:8,9)
Não podemos cair no risco de tentar inferirmos sob o prisma de conceitos que herdamos de nossos ancestrais, e à luz de uma visão sociológica impregnada de conceitos extremamente humanistas, encontrar soluções interpretativas deste texto que valide nosso "conceito" do que é ser machista. Isto além de uma inferência, seria de um anacronismo sem tamanho.
Vejamos exemplos do próprio Jesus:
Na cultura da época, seria um escândalo um rabino falar com uma mulher em público. Jesus que era tido como um respeitado rabino ainda fez pior: encontrou-se com uma samaritana que além de ser considerada impura à luz do judaismo por ser procedente de uma raça mestiça, de Samaria, ainda conversou com Jesus a sós em público. Ele quebrou um grande paradígma cultural, mostrando que seu evangelho estava além de barreiras humanas.
Joana e Suzana eram mulheres que seguiam o ministério de Jesus, inclusive o ajudavam bastante. Maria de Betânia, era outra mulher que aprendeu " teologia aos pés de Jesus". Outra mulher foi a sua própria mãe que o acompanhou até o momento final de sua morte. Então em face a estes exemplos, por que não poderia o mestre Jesus na escolha dos seus doze apóstolos, incluir no meio deles pelo menos umas duas dessas abnegadas mulheres? Ou na pior das hipóteses, sua mãe? Já que foi uma mulher tão piedosa, e exerceu tão fielmente seu chamado?
Nessas alturas já podemos perceber diante desses exemplos, que o problema da mulher ser colocada de fora do grupo seleto dos apóstolos de Cristo, não residia no fator cultural; pois Ele deu provas claras de que jamais discriminaria alguém, independente de sua posição social ou religiosa.
Deste modo, Jesus jamais foi tendencioso, ou "machista" de acordo com a cultura do século XXI. Logo, portanto, podemos concluir que o Apóstolo Paulo ao dizer para a Igreja em Corinto: "Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo" (Cor. 11.1), deixa implícito o quanto Jesus era o grande paradigma de seu ministério. Sendo assim, Paulo e os demais apóstolos de Cristo, por mais forçoso que sejamos na interpretação exegética, não foram absolutamente nem de longe, mesmo por inferência anacrônica, machistas.
Contudo, podemos observar que em nenhum momento antes, durante, e depois de Cristo, Deus deixou claro na Bíblia a validação do ministério pastoral feminino.
Por mais que se apele, por exemplo, para o sacerdócio universal de Cristo; na perspectiva inclusive de Martinho Lutero,que trata toda humanidade como seres iguais e aptos a experimentar a comunhão com Deus por meio do novo nascimento. Isto não define o aspecto pastoral no âmbito eclesiológico. Define apenas a aptdão humana para a experiência da Salvação em Cristo Jesus. Mas isso é outro assunto denso que merece mais um post.
06 março, 2007
Aconselhamento Pós-moderno

Chamou-me a atenção na abordagem do assunto algumas nuanças relacionadas ao pastor e o aconselhando.
Uma delas é a técnica. A outra é a vivência e por último o Espírito Santo.
Assustou-se? Eu também. Mas infelizmente esta é a ordem realçada nas mesas de debates sobre aconselhamento cristão.
Isto muito me preocupa. Pois em detrimento ao agir e o mover de Deus através de uma conversa ou aconselhamento regados por uma estreita comunhão com Deus, enfatiza-se a técnica buscando simplesmente através da psicologia descobrir traços defeitusos de uma personalidade. Para daí por diante desenvolver um diagnóstico técnico e lógico sobre os tais defeitos.
A Bíblia? Ah tá! Mas a Bíblia.... serve como subsídio apenas. Na verdade um auxílio, caso Freud não se encaixe na ajuda direcionada ao aconselhando.
Os tipos pastores pós-modernos que estão adotando esta prática, estão se tornando apenas meros terapeutas que no fim só receitam paleativos. Pois o Espírito Santo, que é vital para resolver qualquer tipo de assunto no homem de forma concreta, é deixado em segundo plano.
Aliás, segundo plano só se for virtualmente, pois na realidade Ele jamais tolera dividir seu poder e glória com outrem. "Tão querendo que Freud faça parceria com o Espírito Santo"......é brincadeira!
Não quero dizer aqui que a psicologia não seja uma ferramenta útil. O problema é inverter o seu valor.
Portanto, defendo e sempre defenderei que o verdadeiro cristianismo e seus particulares modos de lidar com o ser humano é embasado na Bíblia, não em Freud ou em terapias orientadas.
Basta observar o exemplo maior da Bíblia que foi o próprio Jesus. Quando João(Cap 8) narra o episódio daquela mulher adúltera, ameaçada de morte pelos fariseus; imagine o estado emocional dela; quando ficou só com Jesus, após Ele ter confrontado a conciência dos fariseus legalistas, disse a ela:
- mulher cadê os teus acusadores? Ninguém te condenou?
Imagino logo em seguida aquele silêncio sepulcral e reflexivo, e depois ela responde:
- Ninguém Senhor!
Ele sabiamente então diz:
- Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.
Jesus como um conselheiro pós-moderno, poderia antes dizer:
- Minha filha, fale que eu te escuto! Fale da sua vida, dos seus sentimentos, como foi sua infância e relacionamento com seus pais...
Felizmente Jesus não é um tipo pós-moderno, por isso preferiu ser simples sem ser simplista, objetivo e acima de tudo sábio. Sua resposta foi mais que uma simples resposta; foi perscrutadora e transformadora!
Se os pastores pós-modernos não abrirem os olhos para esta realidade e reverem seus conceitos quanto ao verdadeiro sentido de um aconselhamento, estarão fadados ao fracaço espiritual com um consequente abandono da fé (apostasia) e entregues a operação do erro.
04 março, 2007
Equívoco Triunfalista

O pregador embasou sua mensagem no exemplo de Abraão. Quando Deus chamou o mesmo e após prometer que faria dele uma grande nação e engrandeceria seu nome disse: "Sê tu uma benção!" (Gn. 12.2,3)
Até aí tudo bem. O problema é quando se interpreta este tipo de texto sem o devido cuidado exegético e hermenêutico de se apurar todo o contexto da história do povo de Israel. Conseguintemente o pregador passa a fazer aplicações equivocadas de um texto que à luz no Novo Testamento, passa a ter uma nova dimensão no sentido espiritual.
Por exemplo, Abraão foi próspero em todas as áreas de sua vida. É verdade. Mas qual era o verdadeiro significado de prosperidade naqueles tempos?
Originalmente o sentido mais aproximado, é de que a prosperidade significava muito mais do que ter bens e riquezas. Significava alcançar a benovolência ou o favor de Deus, isto é, o sentido maior era de que ao ter esta provisão diária de Javé, já era motivo suficiente de se comemorar uma vida próspera.
Não obstante, em vista destes detalhes interpretativos, vemos um outro - Abraão foi escolhido mediante os propósitos soberanos de Deus para sua futura Igreja aqui na terra.
Só que o pregador com influências triunfalistas utiliza esse texto, e acaba distorcendo sua verdadeira aplicação, quando diz que assim como Abraão foi próspero(financeiramente) na terra, você também deve ter o mesmo destino. Não uma vida qualquer; mas uma vida onde você é o cabeça e não cauda.
Percebe a confusão? Ou a inversão de valores?
E ainda acha textos em toda Bíblia e até no NT para justificar sua interpretação(?). Ora, se o próprio Apóstolo Paulo escrevendo a sua carta a igreja em Colossos diz alertando quanto a costumes e fatos ocorridos no AT, dando a sua devida intepretação: "Porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir..."(Cl 2.17).
Para concluir, quero esclarecer que não sou contrário a pregação em hipótese alguma sobre personagens do AT, como Abraão, Moisés, José e tantos mais. Sou contrário a pregação que visa inferir sobre textos do AT e até NT, gerando anacronismos absurdos. E o pior - sob uma forte influência triunfalista que nada mais é do que atropocêntrismo puro.
03 março, 2007
A Saga do Cachorro e a Carne na Vida Real

Vinha andando tranquilamente quando surpreendentemente me deparo com um grupo de pessoas ao redor de um cachorro de porte grande. Parecia de raça, e do lado um pedaço de carne de hamburguer. O detalhe é que todos estavam num misto de revolta e espanto por terem presenciado o cachorro acabar de comer aquela carne de hamburguer, e em questão de um minuto tombar no chão sem vida.
Um senhor do meu lado protestava:
- Isso é um absurdo! Como pode uma pessoa ser tão má e colocar veneno propositalmente na carne pra matar o pobre animal!!
Outra senhora resmungava e praguejava do outro lado:
- Coitado do bichinho.....quem fez isso merece morrer comido de bichos!!!
Só que enquanto isso fiquei a pensar em tudo que havia escrito no último post sobre a conspiração da carne. Lembram que iniciei contando uma alegórica história de um cachorro de rua? Pois é... foi exatamente o que acabara de presenciar e até vivenciar.
Nas minhas elucubrações passei a me imaginar no lugar daquele cão. Pensei:
- É... ontem narrei uma história alegórica; hoje vivo esta história in locun; acabo de flagrar esta cena na vida real. Mas se eu tivesse no lugar daquele cão institivamente talvez faria o mesmo. Comeria aquela carne sem pensar duas vezes. Ah! mas eu não sou nenhum cão; por isso......
É, mas quem disse que isso não pode acontecer conosco?!
A tal da carne sempre conspira contra nós. Esta cena me levou a refletir sobre o nosso estado natural de homem (raça adãmica). Convivemos com este incômodo o tempo inteiro. É o fascínio por nós mesmo. É a autocentralização que faz de nós tão donos da situação, que diante de uma circunstância que por parecer tão inofensiva, pensamos lidar com ela sem medo de errar. O problema reside exatamente naquele ponto onde menos valorizamos ou menosprezamos; que estão as vezes perto de nós ou ao nosso redor e não paramos para avaliarmos nosso grau de vigilância quanto o que parece improvável.
Entretanto, é necessário sobretudo estarmos cheios do Espírito Santo para com discernimento vigiarmos e vencermos todas as tentações que nos cercam.
Por que parei para refletir sobre tudo isso? - Por entender que não adianta homem (raça adãmica) nenhum, por mais espiritual que seja, subestimar seu estado decaído, o que é representado na Bíblia pela carne.
Muitos que outrora se achavam super-homens, e muitos deles e delas que eram exemplos de espiritualidade, foram surpreendidos numa conspiração carnal e caíram numa armadilha fatal para seus ministérios. Estes foram envolvidos na maioria das vezes em escândalos de consequências incalculáveis.
Portanto, baseado nesta saga do cachorro, prefiro ficar um "pé atrás" o tempo todo comigo mesmo (com a minha carne), e admitir que não sou um super-homem por mim mesmo. Mas em Cristo Jesus (parafraseando o Apóstolo Paulo), sou mais que vencedor, pois Ele sim é o meu "super-homem"!
Ontem flagrei uma terrível cena!

26 fevereiro, 2007
A Conspiração da Carne

Porém quero iniciar o assunto contando-lhes uma breve narrativa alegórica:
Certo dia um cachorro faminto vinha andando pela rua quando de repente encontra um pedaço de carne. Estava ainda fresquinha. Instintivamente devora quase de uma bocanhada só. Mal sabia aquele cão que aquela carne continha veneno aplicado por alguém para matar cachorros de rua. Consequentemente como era de se esperar, o efeito mortífero daquele veneno agiu dentro de minutos, e logo o cão morreu.
Moral da história: O instinto natural falou mais alto, antes mesmo de se medir ou ponderar as conseqüências. O que no caso do cão só aconteceria isto se o mesmo fosse adestrado e treinado, para antes de dar a mordida na carne farejar se havia veneno ou alguma substância estranha ao seu faro.
Parando para pensar, será se o fato narrado acima não é aplicável a nossa realidade? Vejamos:
1 – Somos autoconfiantes em nosso próprio instinto
Esta questão de achar que vivemos em um estado acima do erro e do pecado, por estarmos agora investidos de uma autoridade Divina é muito perigosa. Corremos o risco de com isso nos sentirmos a margem do mal, e, por conseguinte subestimarmos a presença intrínseca do pecado em nosso agir. Em nenhuma parte da Bíblia verificamos o homem mesmo que tenha o Espírito de Deus, como ser imbatível ou indestrutível pelo mal. Isto porque existe uma herança maldita do pecado que o cerca o tempo todo, tentando derrubá-lo. O Apóstolo Paulo mesmo declara isto em sua carta aos romanos:
“Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.” (Rm cap.7.18)
“"No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus;" mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros.” (Rm. 7.22,23)
Obviamente que Paulo ao mencionar a carne (sarx), neste contexto está retratando e confrontando o estado natural do homem, que tende sempre para o mal. Deste modo, quando esquecemos este estado no qual nos encontramos, nos tornamos autoconfiantes, isto é, nos estribamos em nosso próprio instinto carnal. Não é por acaso que a Bíblia nos adverte a vigiarmos e orarmos para não entrarmos em tentação (Mt. 26.41). Além disso, o próprio Jesus advertiu a seus discípulos que a carne (sarx) é fraca; e que também no mesmo contexto, o termo é relacionado à natureza pecaminosa do homem. Portanto, ao confiarmos em nossa própria capacidade humana, ou ao nos acharmos fortes o suficiente para encararmos o pecado, nos tornamos presunçosos, consequentemente orgulhosos e isto já precede a ruína espiritual: “O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda." (Pv. 16.18)
2 – Somos negligentes com os limites impostos ao homem
Em nenhum momento na Bíblia verificamos também alguma orientação ao homem desafiar os limites do pecado, isto é, negar por um momento o seu estado fraco e pecaminoso e encarar os limites de “peito aberto”. Pelo contrário. A Bíblia nos orienta a fugir do mal:
“...fugi da prostituição...” (I Cor. 6.18)
“...fugi da idolatria.” (I Cor. 10.14)
São exemplos de atitudes que devemos tomar em vista ao nosso estado pecaminoso que nos atrai naturalmente para o mal. Por isto devemos estar em alerta o tempo todo quanto aos limites que nos cercam. Eu diria que são muito tênues e enganosos. É necessário, portanto muita vigilância, mas isto por si só não basta. É preciso nos revestir da graça especial (gratìa speciális) manifestada em Jesus, para alcançarmos a total vitória sobre a nossa carne (sarx).
Jesus foi e é o único homem que não pecou na terra. Portanto é apenas nEle que devemos e podemos superar este estado maldito onde nos encontramos.
O problema não é entender isto; é esquecermos estes detalhes que estão intimamente tão ligados a nossa rotina da vida, a ponto de passarem despercebidos exatamente por fazerem parte do dia-a-dia de nossas vidas.
É nesse ínterim que a carne costuma conspirar contra nossa vida espiritual afetando nossa comunhão com Deus. Lembra do cachorro? Ele só quis saber de comer a carne e satisfazer o seu instinto. Talvez por estar tão acostumado a rotina de comer pedaços de carnes e migalhas pelas ruas, agiu tão naturalmente que quando percebeu que tinha algo errado na carne já era tarde demais. Será se conosco é diferente?