30 julho, 2006

Jesus e Mamom. A Parceria do Século 21!

Hoje estava trocando "figurinhas" por telefone com um colega de ministério que mora nos EUA. Ele confidenciou-me que está desiludido com a atual realidade cristã na América. Sente que o foco do verdadeiro evangelho de pureza e renúncia está longe daquilo que hoje é pregado nos púlpitos das igrejas. Há uma busca frenética por dólares. Muito dinheiro no bolso. Igrejas prósperas. Mas pobres de visão espiritual e distantes do que é essencialmente um autêntico cristianismo. Ele dizia-me que tem pastores por lá que só aparecem na igreja aos domingos, onde a frequência é maior e conseqüentemente os dólares também. Visita nos lares, isso é coisa do passado. E o que mais preocupou-me , foi quando ele disse-me que 80% dos pastores que moram nos EUA atualmente, estão caindo nesta prática. Falei-lhe que aqui no Brasil o quadro não está tão diferente. Estamos envoltos em uma crise ministerial sem precedentes a nível nacional. Basta voltarmos a alguns dias atrás, quando recentemente muitos evangélicos até aplaudiram a matéria de capa da revista Veja sob o título: "O Pastor é Show!". Sinceramente, no meu entender, satirizaram o verdadeiro cristianismo bíblico. O que se viu foi uma ênfase nas novas metodologias e métodos pragmáticos desenvolvidos por líderes e pastores. Métodos estes que fogem dos padrões apostólicos da Bíblia, e da verdadeira praxe cristã. O que percebo em tudo isso é que "mamom" está infelizmente influenciando cada vez mais as igrejas por aí a fora. Estas igrejas estão construindo o seu "céu" aqui mesmo. E parecem propor a Jesus uma parceria com o próprio mamom. É mais atraente, mais agradável, mais sedutor..... continuo no próximo post....

21 julho, 2006

A COPA DA "FUTEBOLATRIA"

A copa do mundo acabou, é verdade. Porém, deixou algumas cenas de situações que presenciei durante os jogos, (principalmente do Brasil) na minha memória. E uma delas foi no jogo do Brasil contra a França. Durante o jogo, fiz questão de escrever alguns pensamentos que complementei com mais outros, logo após o apito final do juiz da referida partida. Os quais transcrevo abaixo:

Sábado 1 de julho de 2006

" Em Pleno jogo de copa do mundo, quartas-de-finais, a nação pára reverenciando o futebol representado nesta ocasião pela seleção brasileira. As ruas estão desertas. Nem parece uma cidade habitada. Daria para realizar um culto à Deus nas avenidas da cidade. Pois elas estão tão vazias quanto a maioria dos templos cristãos. O culto ao futebol prevalece. Parece que Deus de protagonista passa à um mero coadjante, pois agora o futebol passa a ser um caso de vida ou morte. Jesus? Jesus neste momento não passa de um bom "psicanalista" que entra em cena apenas em caso de derrota. O que causaria uma grande comoção e consequente depressão no país. Aí sim! Tudo volta a realidade. As igrejas lembram de seus cultos. Os pastores lembram de suas ovelhas, suas ovelhas lembram de seus pastores. Jesus é lembrado, não mais como apenas um "bom psicanalista", mas também como Senhor. Senhor? Ah claro, porque o futebol acabou e o Brasil perdeu para França mais uma vez. Do contrário seria apenas só mais um no meio dos "deuses encantados do futebol".

10 julho, 2006

"AS LAODICÉIAS" 2

Tenho demorado a postar nesses últimos dias devido as viagens de férias que temos feito, eu e minha esposa. Uma viagem ministerial, diga-se de passagem, pois embora de férias da faculdade, estamos à todo vapor pregando a palavra de Deus nas igrejas aqui em Santa Catarina.
No último post, incluí um artigo do jornalista e escritor Washington Araújo. Suas palavras ali escritas estampam uma realidade que reflete cada vez mais o cotidiano das igrejas chamadas pós-modernas ou liberais; como queiram. O "Deus mercado" está impondo um tipo de contra-cultura bíblica. Seduzindo muitos pastores e líderes à cairem na armadilha da matemática comercial. Ou seja, na lógica do mercado financeiro que comercializa tudo e mais um pouco, não importando os meios, mas os fins. Com isso, há um enfraquecimento e um consequente empobrecimento espiritual e teológico nas igrejas, culminando em uma rede de comércio de "produtos da fé". "Produtos" estes direcionados a todo tipo de público consumidor. Desde o mais intelectual e de condição financeira elevada, ao mais leigo e proletário, de condição sub-humana. As chamadas "igrejas emergentes", estão numa concorrência de mercado nunca antes vista. São criativos e inovam à cada dia, em busca do seu público alvo. Vale todas as estratagemas possíveis, que vão do marketing publicitário à ofertas mirabolantes de "milagres" e "prodígios" que nem os Apóstolos nos tempos de Cristo ousaram tanto. Nesses dias recebi um e-mail com uma notícia de que várias pessoas em São Paulo estão processando "igrejas", por terem sido enganadas pelas mesmas por promessas falsas de prosperidade e cura. Um casal chegou a vender seu apartamento e carro para participar de uma "capanha de fé", e por não receberem em troca o dobro do que tinha dado, entraram com uma ação judicial contra uma dessas tais "igrejas". Veja a que ponto estamos chegando. Lamentavelmente os escândalos de igrejas estão por aí batendo nas portas da sociedade através dos meios de comunicação. Na realidade sabemos que isso tudo é cumprimento bíblico; " Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis..."( 2Tm 3.1). O "deus mercado" está influenciando infelizmente os cristãos a seguir os padrões seculares que só satisfazem a cobiça da carne. Por conseguinte, verificamos estas pseudo-igrejas crescendo de forma alarmante. Atraem "fiéis" em multidões que se auto-enganam num evangelho comprometido com o mundo e o pecado. Estes usam a máscara de cristão, mas nunca de fato experimentaram a essência do que é o evangelho pregado pelos apóstolos da Bíblia, do contrário seriam verdadeiros servos piedosos e dispostos a resistir a pressão do "deus mercado". O triste é que a igreja de Laodicéia citada no livro de Apocalipse, pode ser comparada hoje ao tipo de "igreja emergente e atual". Sua visão e ideologia está se transformando eu diria, quase que num padrão pragmático de gestão pastoral. Enquanto que o modelo da igreja de Filadélfia, à um padrão no mínimo fora de moda. Um estigma para as pós-modernas ou como o nome sugere: "laodicéias".