24 dezembro, 2010

O Natal do Jesus "menino"

Esse é um dos períodos do ano onde a maioria das pessoas mais se entregam a um consumismo compulsivo e desenfreado. Tantos presentes de natal que as crianças ganham que até divinizam o Papai Noel. Jesus parece ser apenas um coadjuvante da festa. Seu nome é lembrado apenas por uma conexão histórico-religiosa. Algumas pessoas nessa época lembram-se até de ficar "boazinhas", embora que nos 360 dias restantes do ano são más ou fingem serem boazinhas. No fundo, no fundo são um bando de arrogantes transvestidos de politicamente - corretos.

Entretanto nessa data ao menos nos faz lembrar independentemente se foi nela ou não que o Jesus homem nasceu, viveu, morreu e ressurgiu para nos dá vida e vida em abundância. E um dos maiores exemplos que Ele enquanto esteve aqui fisicamente nos deixou foi o contato, o amor, carinho e a ternura pública para com as crianças. Num desses momentos céleres uma frase emblemática marcou um de seus discursos: "Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus". (Lc 18.16)

Isso nos deixa uma tremenda lição:

Quero resumi-la e encerrar este post através de um pensamento que achei muito interessante escrito por Leonardo Boff no seu twitter que diz  mais ou menos assim:  

"Todo menino que ser um homem, todo homem quer ser um rei e todo rei quer ser Deus. Mas Deus foi o único que quis ser um menino".

Que todos leitores deste blog tenham não só dois ou cinco dias festas "natalinas" apenas. Mas que o espírito do Evangelho do Jesus "menino" possa tornar os trezentos e sessenta e cinco dias do ano numa festa com banquetes espirituais abundantes em suas vidas!

Feliz 2011! São os nossos sinceros votos!

19 dezembro, 2010

A Religião falsifica e virtualiza a Espiritualidade através das Instituições

Partindo do princípio que não existe espiritualidade concreta fora de Jesus Cristo o nazareno, o que vemos a cada dia são instituições que se dizem cristãs ou evangélicas mas abraçam intensamente "estatutos, doutrinas e  dogmas institucionais" criados ou elaborados para fins ideológicos de uma denominação ou "organização ministerial".

Na prática isto passa a ser  a "fé institucionalizada". Ou seja: "Delimita-se" a ação do Espírito Santo nos moldes de uma instiuição. 

É como se engenheiros de computação desenvolvessem uma idéia que através de um software houvesse uma estrutura lógica capaz de armazenar, controlar, gerir ou gerenciar todo o andamento de uma instituição personalizada por ela mesma. Mas para isso se tornar prático seria necessário antes o desenvolvimento de um bom projeto algorítmo, que em cima dele funcionasse toda base lógica e funcional do software. 

Neste caso o software seria o dispositivo fundamental para dar "vida" a instituição. Sem ele a instituição não funcionaria a pleno vapor.

Fazendo uma analogia o software é a religião, os engenheiros são os chamados "sacerdotes da religião". Que hoje são apóstolos, pastores, bispos, padres e etc. O algorítimo seria a organização lógica ou sistemática de doutrinas, dogmas e tradições. A mecânica de funcionamento disso tudo seria o "Espírito Santo", isto é, Ele estaria delimitado dentro de uma plataforma instituicional por meio de ferramentas estabelecidas não a partir dEle, mas do sistema criado e implantado numa certa "organização eclesiástica" chamada de Igreja. E ainda teria o manual de instrução a ser rigorasamente seguido: Que seria o estatuto da instituição.

Ora, o que é isso senão a religião disfarçada de instituição como se fosse o canal da verdadeira espiritualidade?
À grosso modo é a religião engendrada por meio da instiuição da fé.

Nesse sentido a Bíblia, o livro sagrado dos "evangélicos" passa a ser como é o Alcorão, o livro sagrado dos mulçumanos.

E o que seria uma espiritualidade concreta em Jesus Cristo, passa a ser virtual e ilusória; mesmo usando o nome dEle para tentar legitimar seus atos.  

Com isso muitos se acham espirituais porque conhecem a Bíblia mas não conhecem o Jesus dela. Vivem em ambientes igrejeiros de uma instituição, mas na prática são tão individualistas e egoístas que só "exergam o Jesus institucional"

Em suma é isto que A RELIGIÃO provoca no ser humano: A falsa impressão de que vivem de fato uma espiritualidade autêntica. No fundo ela é apenas uma espiritualidade ARTIFICIAL ou VIRTUAL e portanto FALSA.

13 dezembro, 2010

Geração Harry Potter e Geração Jesus Cristo: Dá para conciliar?

No artigo passado escrevemos sobre a impressionante tragetória da série Harry Potter influenciando milhões de crianças e jovens nos últimos dez anos.

Nest post vamos falar da "conciliação" entre geração Harry Potter e geração Jesus Cristo. Será se dá para concliliar os dois?

Para os mais "piedosos" ou como gosto de chamar - para os "fariseus de plantão", isto seria um escândalo! Assim como para os fariseus nos tempos de Jesus que se escandalizaram vendo o mestre e seus discípulos sentado na mesa com os pecadores (na linguagem harrypotteriana: "trouxas"), isto é, com os publicanos (mercenários e corruptos). Mateus 9.11

Na contra-mão desses "piedosos" que na realidade podemos chamar de religiosos, buscamos entender este fenômeno Harry Potter não só como uma estratégia de "marketing do inferno", mas também como uma oportunidade para contrapormos  os mitos, enganos e valores distorcidos da série com a realidade e a verdade concreta em Jesus.

 Sendo assim, sob uma ótica da vida integral, ou seja, enxergando a espiritualidade na vida como um todo; os  "Harry Potters" e afins acabam se tornando ferramentas estratégicas para se proclamar o Evangelho. É aquela história de que o Apóstolo Paulo se utilizou de um santuário ao DEUS DESCONHECIDO e o usou como estratégia para tornar conhecido o verdadeiro Deus. Atos 17.23

Neste sentido, falando de modo particular não gostaria de proibir meu filho por exemplo se ele quisesse assistir ou mesmo ler Harry Potter. Desde que depois sentássemos juntos para conversar sobre o tema e abríssimos um debate sobre vários pontos e contrapontos à luz do Evangelho de Jesus.

É claro que isto só será possível dentro de um ambiente familiar que inspira, respira e transpira a consciência do Evangelho de Cristo. Do contrário será como dá uma droga para o filho experimentar e depois que ele se tornar dependente dela tentar esclarecer sobre os seus perigos.

Nos dois exemplos dados acima podemos chamar o primeiro de oferecer e exercer a liberdade com responsabilidade consciente; e o segundo é sua antítese.

A propósito, o Evangelho de Jesus implica em imputação de liberdade com responsabilidade a todo aquele que crer e segue os Seus mandamentos.

Gosto muito do conceito de Dietrich Bonhoeffer sobre liberdade e responsabilidade à luz do Evangelho de Cristo quando ele diz:

" Responsabilidade e liberdade são conceitos  que se correspondem. Responsabilidade pressupõe substancialmente - não cronologicamente - liberdade, e a liberdade só pode subexistir na responsabilidade. Responsabilidade é a liberdade humana dada exclusivamente no comprometimento com Deus e o próximo."

Desta forma, quando assistimos ou lemos Harry Potter não dá para obviamente conciliarmos o "caráter" de sua série com o caráter do Evangelho de Cristo. Mas certamente na liberdade que o Evangelho de Cristo proporciona podemos "conciliar" valores que reforcem o quanto o "mundo dos bruxos" é o mundo dos demônios e quanto o "mundo da magia" é o mundo da mentira e feitiçaria controlado por seu príncipe - Lúcifer. Este é o mundo jaz do malígno conforme escreveu João. I Jo 5.19