23 dezembro, 2006

Natal?


Lembro-me que na minha infância e até adolescência neste período de dezembro até meados do dia 25 era comemorado o nascimento de Jesus. Fazia-se até peças teatrais na igreja sobre o nascimento virginal de Cristo. Entretanto, mais que isso era comemorado a vinda do Messias em forma humana à terra.

Teologicamente falando não vemos nem uma alusão neo-testamentária e pós-igreja apostólica na Bíblia relacionada a comemorações do nascimento de Cristo. Claro que estou me referindo aos fatos após a assenção de Jesus aos céus. Mas o fato é quanto a relevância desta data para nós cristãos. Será se precisamos do natal para lembrar que Jesus nasceu e um dia veio a este mundo como homem? Já respondendo, penso que de certa forma sim. Explico:

Embora muitos advogam a abolição do natal, visto que esta data como sabemos, historicamente é oriunda de práticas pagãs. No entanto, se partimos do ponto de vista que nós humanos somos tendentes a esquecer as verdades contidas nas escrituras sagradas e abadoná-las facilmente, pelo nosso estado decaído de pecado, logo podemos concluir tentando buscar uma coerência de que não foi a toa que Jesus recomendou os seus discípulos a celebrar a Santa Ceia em memória dEle até que Ele retornasse. Porque em memória? E porque temos que celebrar a Santa Ceia? Percebam; o natal em si para muitos relembra bons momentos apenas. As vezes presentes, Papai Noel (origem pagã), "amor e paz", ceia e peru de natal com a família.

Mas fundamentalmente esta data tem um valor muito mais significante. Independentemente se Jesus nasceu em outubro como advogam alguns, outros em novembro (diga-se de passagem o calendário judaico diferia e ainda difere do calendário das demais culturas); o fato é que Jesus veio ao mundo, nasceu, viveu e morreu, ressuscitando para dar vida a nós por sua vitória sobre o pecado. Não importa se foi em dezembro. O que importa é que esta data é apenas mais uma oportunidade de comemorarmos e relembrarmos tão marcante evento para a humanidade: o nascimento de Jesus Cristo. O grande exemplo disso foi a festa dos pastores, dos magos e dos anjos nos céus.

Apesar de cada vez mais lamentavelmente esta data tem tornado-se um momento comercial para o mundo capitalista, com o papai Noel como garoto-propaganda do marketing do natal, prefiro manter o mesmo espírito natalino que tinha na minha infância e adolescência, e ser mais grato a Deus pelo nascimento de seu Filho Jesus. Obrigado Deus, pelo teu amor, que nos amou de tal maneira que deu seu único Filho!

Viva o natal e a redenção de Cristo Jesus!!

21 dezembro, 2006

A Pregação Cristã e o Antropocentrismo


Sabemos que Jesus recuperou nEle mesmo o estado original do primeiro Adão antes de sua queda. Portanto o único acesso do homem a Deus, se dá por meio de Jesus Cristo. Não restando nenhum mérito ao homem por nada que faça como que fazendo um favor a Jesus. Tudo a partir de Cristo é Graça e ao mesmo tempo Juízo. Entretanto, estamos presenciando um período complexo no meio evangelical, onde pregadores apoiados por pastores e líderes, estão lamentavelmente num frenético comercio de pregações "pré-cozidas" do tipo "fast food" a gosto do "fregês". Pregações cujo o pregador e seus jargões, clichês, técnicas emocionais e até cacoetes são o grande destaque. Enquanto Jesus, embora enfatizado durante os sermões, não passa de um "pano de fundo" ou figura "mitológica" diante do pregador. Pois este sim é o "ungido";o "atalaia"; o "grande homem de Deus";"o santo homem de Deus"; e uma infinidade de adjetivos que o elevam a um patamar, que só os sacerdotes e profetas do Antigo Testamento tinham exclusivamente. Ou seja: a pregação cristã parece está perdendo em alguns redutos, principalmente nos pentecostais e neos (não excluindo os demais redutos tradicionais), a noção da verdadeira pregação. Que não é antropocêntrica, isto é, em torno do homem, mas puramente cristocêntrica, a partir de Jesus e com Jesus, que pela sua graça transmite as verdades claras e intrínsecas do seu Evangelho através da Sua palavra.

13 dezembro, 2006

Somos "Pecadores"

Quem bater no peito e disser que não peca está mentindo. Herdamos uma natureza pecaminosa e por isto dependemos cem por cento da Graça de Deus. É ela quem nos faz mais humano no sentido original da palavra. Isto é, em Cristo nos tornamos um "Adão antes de pecar" e consequentemente alcançamos uma comunhão mais estreita com Deus através de Cristo. Porque na realidade, Deus nos olha no prisma de Jesus pois Ele sim, venceu o pecado.

Homem algum teria como vencer o pecado se não fosse a intervenção da Graça Divina através de Cristo Jesus. Parece óbvio para alguns o que estou falando, porém, vez por outra nos esquecemos do nosso estado natural de homem pecaminoso. Não obstante, o fato de esquecermos a nossa incipiência, queremos muitas vezes resolver, julgar e setenciar questões e pessoas como se fôssemos um ser auxiliar de Deus; um super-homem; ou um deus mesmo. Só o fato de agir assim já denunciamos o estado deplorável que nos encontramos. Mas graças a Deus que em Jesus nos encontramos, nos resolvemos e nos achamos, pois Ele nos faz recuperar nEle mesmo o estado original perdido por nosso primeiro ancestral, Adão.
Portanto, não adianta bater no peito e dizer que não peca. Pois tendemos a isso. Só não vivemos mergulhados no pecado. Vivemos sim revestidos com o Sangue de Jesus que purifica os nossos pecados. Ai de nós se não fosse Jesus. É por isto que tem muitas pessoas por aí se achando imbatíveis e intocáveis; cuidado! Isto mostra a arrogância "espiritual" de alguém que não quer admitir que é frágil e pecador.
Eu lhe pergunto: você fez ou arriscou fazer pão algum dia? Se sua pergunta for positiva, mesmo assim não quer dizer que você é um padeiro, concorda? Pois o padeiro é aquele que vive na prática de fazer pão. Assim somos nós "pecadores", ou seja, pecamos sem se programar para pecar, mas não vivemos na prática do pecado. Moral da história: Aquele que está em Cristo não é mais "profissional" do pecado, embora enquanto estiver neste corpo terreno nunca esqueça sua "profissão".

07 dezembro, 2006

Comecei as férias na Crise!

É pessoal... nunca esperava me ver dentro de um "tornado de crise". Nesta terça-feira (5/dez), pude provar qual a sensação de uma crise do sistema aéreo brasileiro. Posso sintetizar em uma palavra: "aterrorizante". Nunca imaginei que um dia passaria por uma situação daquelas, tão vexatória. Dormir em um saguão de aeroporto, enfrentar uma fila de mais de um kilômetro de pessoas estressadas, cansadas e doentes e ainda esperar mais um atraso de vôo foi só um dos ingredientes desta nossa(eu e esposa) saga. Mas em tudo isso pude extrair muitas lições de vida para mim. Aprendi através de algumas nuanças deste inesquecível momento ao observar o quanto o ser humano torna-se impotente diante de certas circunstâncias adversas. Ao observar o quanto somos dependentes de Deus e o quanto Ele cuida de nossas vidas fazendo tudo concorrer para o bem. Deus é capaz de parar aviões ou seja lá qual for o meio de transporte para livrar alguém que faz parte de seu projeto soberano. É um mistério que pertence ao Seu beneplácito. É por isto que louvo a este Deus gracioso a todo momento. Ele é Senhor e condutor de todas as circunstâncias. Portanto tudo concorre para o bem daqueles que amam a Ele.
Mas graças a Deus que chegamos em paz. E pensar que ontem estávamos em meio a um pesadelo real no aeroporto de Guarulhos -SP, e agora estamos aqui em Fortaleza-Ce, passando alguns dias "férias". Depois de um semestre bastante puxado academicamente, espero ser mais constante nos próximos posts deste blog. Está só começando a temporada de férias! Muita emoção ainda está por vir pela frente!!