07 fevereiro, 2007

Autoconhecimento: O Paradoxo da relação com Deus!

A ciência moderna através da psicologia está investindo pesado na propagação da premissa de que o homem precisa se autoconhecer para melhor viver. Entretanto, nos séculos passados antes da psicologia propriamente dita a filosofia já era a grande plataforma do autoconhecimento através da gnose ou sabedoria, que se trata nada mais do que o próprio conhecimento. Diga-se de propósito que a filosofia foi e ainda é um grande campo de estudo e pesquisa da psicologia científica atual.

Mas quando falamos de gnose, conhecimento ou sabedoria que desemboca na própria filosofia, partimos de quais pressupostos?
Faz-se necessário entendermos irremediavelmente qual a origem filosófica do homem. Isto nos remete ao ponto crucial da história humana pós-criação - a opção do homem em conhecer o bem e o mal em sua própria perspectiva. Ou seja: No momento da conseqüente atitude de provar do fruto do conhecimento do bem e do mal, nasceu aí a meu ver o marco filosófico do próprio homem.

Explico:

Com esta atitude o homem adquiriu o conhecimento do bem e do mal como está explícito na Bíblia: “Então disse o SENHOR Deus: "Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal."” Gn 3.22.

Partindo deste princípio verificamos que desde então o próprio homem, em conseqüência, instituiu por assim dizer o conhecimento com base em sua própria plataforma elucubrativa. Isto por si só já caracterizou um rompimento em sua relação com Deus. Pois a partir desta desconciliação com Deus, o homem passa a ter como único pressuposto ele mesmo. Isto é, antes tinha Deus como Seu criador e Senhor; depois de provar do conhecimento do bem e do mal passa a “Senhor” do seu próprio saber, tentando se igualar a Deus.

Portanto o autoconhecimento denomina-se em síntese em um conhecimento humano, limitado e corrompido. E, por conseguinte, pressupõe-se presunção e arrogância conseqüentes de um estado pecaminoso originado pela desobediência do homem. As palavras do Apóstolo Paulo expressam em suma o paradoxo entre a filosofia, psicologia e em seu bojo o autoconhecimento e Deus:
“... falamos de sabedoria entre os que já têm maturidade, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada. Ao contrário, falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória.” I Cor 2.6,7

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